sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Sobre a própria existencia pt. 2

Estava conversando no (para mim) já tradicional chat de Last.fm no orkut quando veio o assunto blog. Eu lamentava a falta do que poder postar quando - ao longo da conversa - surgiu um (relevante) tema que já tava mais ou menos previsto no meu caderninho e só esperava o momento pra ser exposto.

Chegou a hora =)

Mesmo já tendo decidido por topar a ventura bloguica, por vezes eu sou atacado por uma série de dúvidas. Ficar nú não é facil pra todos e se despir diante de uma janela pode ser bem embaraçoso.
A aqueles que vão olhar corriqueiramente a melhor escolha por vezes é dar de ombros, talvez até provocar - ele não tem imagem pré-estabelecida sobre nós, somos telas em branco que, não importa se para o bem ou para o mal, ainda serão preenchidas (e não rasuradas)
A aqueles de grande contato no entanto, talvez surpreenda esse ou aquele detalhe da nossa nudez: Como explicar após muito tempo junto que temos um dedo a mais no pé, uma ferida de infancia não cicatrizada...? É claro que não to falando de verrugas ou marcas de nascença - o ponto é o receio de adulterar imagens já (e bem) estabelecidas com uma superexposição sem vergonha das nossas vergonhas.
Sim - eu acho que ainda posso falar coisas muito banais que poderão ser vistas como anomalias.
Tenham em mente que a insegurança e a culpa são muito mais comuns que gostariamos de falar, e eu vou falar

13/12/07

Tirando uma ou outra correção era isso que tinha sido escrito. Relendo eu penso que no momento o meio receio era com a possibilidade de eu falar demais sobre minhas neuras
Hoje eu já tenho um blog que ta pra completar seu primeiro mes - posso concluir que não é só a neura que pode ser estranhada... o proprio processo de criação é estranhado.
Me faz pensar que pra cada pessoa que, algum dia, criou algo houve uma sensação de ou espanto ou deslumbre daqueles que o cercavam
Não que eu me veja como um futuro gênio.
Não que o escrito seja revelador (ou desvanecedor[?]) da minha pessoa.
Não que o escrito seja a máscara.
É algo que eu pensei, em determinado momento, que eu senti em determinado momento, que eu extrapolei, produzi, inventei, criei, cogitei, supus, quis, determinei..... ou menti, se for o caso.

É um produto meu, não uma amostra de mim.

Mas que pode calhar de parecer comigo.... ah isso pode u_u' (não mentirei né ?)

4 comentários:

Edu disse...

"posso falar coisas muito banais que poderão ser vistas como anomalias"


Pois é, sempre assim.


"É um produto meu, não uma amostra de mim."

Acredite, acaba sendo você. Quer queira, ou não.

kerberos2001 disse...

É como dizem... um dia a verdade sempre vem a tona, ou a terra é revolvida no primeiro vento e na primeira chuva.

Mas tambem n ae ne, a gente pode ir fazendo umas gracinhas as vezes, e mudar nossa personalidade, de acordo com a situação e de acordo com nossa conviniencia... Dae tb, se encaixa, né, o termo do "quadro branco".

Andressa disse...

Ricardo's lost that loving feeling.
Escreva e receberás! mesmo que às vezes vc tenha q escrever algumas coisas em off, isso aqui é uma terapia...
Ah! vê se ouve Iron, pra se aquecer pro show =)

Ana Carol disse...

Não sei se todos, mas passei por um momento de receio ao criar o blog? E o meu maior medo era de expor todas aquelas "neuras" cotidianas.
Mas acho o hábito de escrever te leva a esquecer esses "obstáculos" que criamos.

Ahh
e sobre o Scorsese...também acho outras obras dele muito melhor dos que as que citei, como "Os bons companheiros" e "vivendo no limite"...mas acho que ninguém conheceria esses dois, dae coloquei as mais "pops"!

E se eu fosse seguir a estátistica lá, também estaria mal!=P