terça-feira, 28 de outubro de 2008

3 da manhã tomando suco

Me desafiando a escrever com um pouco de rima


A luz que veio pela porta, pela fresta
Cobriu, marcou - gerou espanto
E em tudo que resta
Lá, sentada, sem tato, sem gosto
Cobriu o rosto
Chorou

No escuro, a porta fechada
Aberta
de alma vazia - amiga de horas
a dor presente - apenas agora
E a lembrança

A luz passou e cortou a sombra
A sombra, cobria o quarto
Silêncio em voz
sem ninguêm em si

Fechada a porta - vazia a alma
Choro mudo - estopim da agonia que não há indicio
Resquicio
Sorriso no passado, ardor
E do pavor
Presente sem inicio
Apenas a certeza
Presteza
A vida começa quando a dor se apresenta
Representa
Parto
Farta do vazio e do quarto
Fecha os olhos, abre a porta
A luz lhe resta

Sem sombras - a alma ainda vazia
Havia
Chance por espaço
De fato
Principia
A agonia
E já dizia seu pai
Vai
Cria sua vida

E novo passo - espaço que vem
E vai - apenas para si, cria
E assim, para ela e só ela
Do vento a resposta surgia
E a carregou e a levou
E para os que a viram então
Nada sabem que seu passado
Apenas vazio tem

Nenhum comentário: