terça-feira, 17 de junho de 2008

Revisitando meu caderno - anotações do CCSP

Relendo isso me passa varias coisas na cabeça - primeiro me acho muito egoista, segundo me acho quase um profeta ao lamentar escrever sem pensar.... mas isso não vem ao caso



Terça Feira 10/06/08

Percebo que alguns dos melhores pensamentos que tive eram confusos. De uma forma geral eles nem eram confusos, mas sim despropositados - começo a escrever sem saber no que devia e as palavras guiaram a minha mente simbiotica e instintivamente.
Considero um defeito isso - objetividade, saber onde por o pé antes de começar a andar, é algo essencial - sempre que escrevo penso na figura do leitor, pra ele o texto ja vem pronto, bem ou mal já esta lá. Escrever é melhor que ler mas ler é mais objetivo
Talvez isso demonstre parte do dilema: escrever já certo do que vai ser escrito é já ter sido leitor do proprio texto; não apenas um trabalho/demonstração de objetividade como produto de experimentação bem sucedida, estamos vendo a nata da nata do processo criativo de alguem, sendo apresentado ao seu lado melhor sem ver a falha.
Mas não funciono (ainda) assim - sou pouco calculista e pelo excesso de textos falando de "quem" eu sou me imagino um pouco egoista.
O bom texto é o que fala a todos e de todos se expressando por meio de um - não sei se realizo bem essa tarefa.
Meu público não é extenso - penso na possibilidade de por um contador, pura curiosidade mesquinha. Admito que saber ser lido motiva a escrever mais - toco para uma platéia, independente de quão pessoal isso seja.
Escrevo isso sentado no chão, no Centro Cultural enquanto espero um filme começar.
Poderia escrever sobre os filmes que vejo - seria mais util - mas desabafar em aberto me relaxa
Todo autor é um humanitario egolatra

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